Como se escolhe uma marca? A pergunta a que todos querem responder

É uma espécie de Santo Graal para quem quer iniciar um negócio, ou mesmo revitalizar uma empresa já existente: qual a melhor forma de escolher a uma marca? Como em tudo na vida, não há soluções mágicas, apenas orientações. E, no fim de contas, o empreendedor, o fundador ou o gestor do negócio serão, sempre, as pessoas mais indicadas para tomar essa decisão, por serem aqueles que melhor, e mais profundamente, conhecem o seu negócio.

Claro que, há princípios básicos e ideias que são vitais na hora de escolher a marca que o vai representar a si e ao seu negócio. Em primeiro lugar, é essencial que seja uma palavra (ou mais) especialmente marcante, que fique no ouvido da pessoa e que permita criar uma imagem forte a partir dela. Dito assim parece fácil, mas a realidade é bastante mais complexa. No entanto, há algumas soluções que o ajudam a fazer a escolha acertada.

Antes de mais, a marca deve transmitir os valores e objetivos do seu negócio. É por aí que deve iniciar a sua busca: anote numa folha (papel, ou documento de texto do seu telefone ou computador) esses valores e ideias. O que é que a sua marca pretende transmitir, seja confiança, credibilidade, fiabilidade, poupança, segurança, entre outros… Uma vez definidos esses “alicerces”, pode construir o “edifício” que será a sua marca. Procure encontrar palavras, frases, objetos, referências culturais, acontecimentos, locais, personagens históricas, situações, tudo o que possa traduzir numa ou duas palavras os valores que a sua marca irá transmitir.

Por vezes, a simplicidade é a chave. Uma das marcas mais valiosas do mundo, a Apple, escolheu uma palavra que, aparentemente, nada tem a ver com o negócio de tecnologia, mas que, além de ser o fruto preferido de muitos de nós, está associada a importantes histórias da nossa civilização (sejam verdadeiras, ou simples lendas). E estamos a falar da famosa maçã de Adão ou, da mais recente, aquela que terá caído da árvore e despoletado a ideia que, alegadamente, deu origem à Lei Universal da Gravidade de Newton.

Neste caso, a maçã (Apple) enquadra-se na categoria de nomes associativos que têm como base as emoções transmitidas por determinadas palavras, mas esse é um tema que desenvolveremos noutro artigo. Por agora, fixemo-nos nas palavras.

Por vezes, inventar uma palavra pode ser uma excelente opção, principalmente se tiver boa sonoridade e grande potencial visual (Google, por exemplo) ou juntar duas palavras existentes para formar um nome que traduza a essência do negócio (Microsoft).

Uma solução muito popular no nosso país é a escolha do nome ou apelido de uma pessoa, seja ele o proprietário, o fundador ou alguém determinante para o avanço do negócio. Neste caso, a escolha é sempre uma incógnita, porque se há exemplos de marcas bem-sucedidas a partir do nome dos seus responsáveis (Ford, Ferrari, Gillette), há muitas outras que perdem fulgor, na medida em que o nome não diz muito aos consumidores. Um conselho: opte por esta solução, apenas e só, se o seu nome já estiver afirmado no mercado há vários anos e se o próprio nome tiver caraterísticas que o tornem apetecível à marca (uma palavra forte, com letras que se prestem a logotipo cativante).

Há quem opte pela junção de parte dos nomes dos criadores ou empreendedores. Um bom exemplo é a Adidas (Adi Dassler), mas há, também, exemplos de combinações de primeiras letras do nome desastrosas em Portugal (Japorimo, Anpacejo, Camirui, nomes fictícios, mas baseados em marcas reais que juntaram as duas ou três primeiras letras do nome dos filhos).

Cuidado, também, com as siglas que se originam a partir do nome (tantas vezes, uma empresa ou marca são popularizadas pela soma das primeiras letras). Se as iniciais do seu nome formam siglas como PQP ou FDP, talvez seja melhor reconsiderar e escolher uma marca diferente. E o mesmo se aplica aos trocadilhos que possam ser gerados a partir da marca (nomes jocosos ou insultuosos que se criam alternando apenas uma letra da palavra). Sabemos o quanto pode ser desgastante este processo de escolha, mas deve sempre encará-lo como um desafio, que puxará pela sua capacidade de gestão e criatividade, entendendo, sempre, a marca como um elemento determinante para o sucesso do seu projeto. Não esqueça, ainda, que a equipa da Atual Marcas está ao seu dispor para o assistir no processo administrativo e técnico da escolha de marca, estando os nossos consultores, igualmente, capacitados para detetar algumas das situações aqui descritas e para o aconselhar no melhor sentido.

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